Thursday, February 10, 2011

Introdução a mim

Inspirado nas aulas de economia que venho tendo, achei interessante explicar o porquê de "Epifanias e Manias", título do blog recém criado.
O termo epifanias me veio à cabeça quando eu estava mostrando algumas frases famosas de Clarice Lispector a um querido amigo. Impossível não pensar nessa palavra quando a lemos ou ouvimos falar dela. Admirava-a bastante durante o meu ensino médio, inclusive eu costumava dizer que eu era Clarice reencarnada numa forma masculina. Qualquer ato, qualquer palavra, qualquer gesto, tudo se tornava uma impressão dela sobre o mundo. TUDO. E comigo acontece o mesmo. Passo na rua e lanço olhares sobre os prédios, as pessoas, as matérias de jornal, os mendigos, as carcaças padronizadas, os intelectuais, os cafés, os bares, os "outsiders", entre outros e todos eles me remetem a outras coisas. Todos eles me acrescentam de alguma forma, me fazem mudar minhas opiniões, me dão socos na barriga quando eu estava para digerir algum conceito.
Sou uma pessoa muito observadora, e isso me ajuda a desenvolver ideias e a perceber melhor os detalhes. Daí esse termo, epifania. Sou seu fã de carteirinha!

As manias não são assim tão subjetivas. Também são físicas. Morder a pelezinha ao redor das unhas, não conseguir sair de um lugar sem dar tchau à maioria das pessoas, ficar nervoso sempre que recebo uma visita, repetir uma nova música exaustivamente até memorizá-la, ser otimista em relação ao mundo, etc.
Manias nada mais são do que atitudes que repetimos, e, embora algumas delas sejam consideradas ruins, eu acredito que façam parte da nossa personalidade. Um exemplo que gosto de citar é quando mudei de cidade e tinha mania de achar que todos eram, já no primeiro contato, meus amigos. Tratava-os como tais, mas claro que não recebia o mesmo como resposta. "Isso demanda tempo, Thomás, calma!" era o que me diziam e o que eu tentava dizer a mim mesmo. Mas as minhas manias (e neste caso, também epifanias) não me deixavam parar. Não me deixam parar. Não me deixarão parar. E eu não quero parar. Eu quero escrever, eu quero ter a mania de me sentir desconfortável com o novo e dele extrair o atual, o contemporâneo. Eu quero mastigar esses múltiplos conceitos que nos são bombardeados a cada novo post do Facebook ou do Twitter e criar uma pasta Thomasística que também atingirá outras pessoas.
Enfim, creio nessa corrente democrática chamada internet e no resquício de humanidade que cabe ao ser-humano.

Let the posts begin!

2 comments:

  1. Entre latinhas de Itaipava sendo consumidas na capital financeira do Brasil, é muito bom descobrir que uma das pessoas mais interessantes que eu conheço criou um espaço para ela se expressar. Serei um leitor assíduo!

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  2. Entre um leite com achocolatado e xícaras de café com bastante açúcar, é ótimo saber que posso contar com as tuas críticas, sugestões e elogios! Muito obrigado. Também lerei os teus posts com o maior prazer!

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