“Vou chegar em casa e comer um feijão!”
“Tô louco pra tomar um café!”
“Tomar um banho quente num dia frio tem seu valor.”
“Vou chegar em casa e comer um feijãozinho!”
“Tô louco pra tomar um cafezinho!”
“Tomar um banho quentinho num dia frio tem seu valor.”
De inho em inho, a gente se enche de ãos, de alegrias, de momentos simples e pequenos que nos engrandecem a vida.
Thursday, August 18, 2011
Friday, July 22, 2011
Melancolia antecipada
A cidade tem ouvidos e bocas
Estas me dizem: "estás partindo? Não vás"
Não sei mais se conquistei Porto Alegre ou se Porto Alegre me conquistou. Acho que conquistamos um ao outro. O fato é que sair dela me doi, me arranca um pedacinho. E a levo comigo também.
Seremos eternos irmãos, daqueles que se tornam ótimos amigos, mas que sabem que, para crescer, às vezes precisam se separar.
Meu Porto hoje está triste...
Mas é temporário.
Thursday, July 21, 2011
A gente é bom!
Eu costumava ser tão rígido com a nossa Língua Portuguesa. Achava-a pior do que as línguas latinas conhecidas, achava que não valia a pena ser aprendida e ficava triste por não usarmos o "tu" ou o "nós" de maneira cotidiana e correta. Para colocar em fácil linguagem, eu era cri-cri!
Agora entendi o quão brasileiro é o nosso Português.
"Estamos sentados na grama do parque"
"A gente tá sentado na grama do parque"
Assim como o jeitinho brasileiro está nas músicas, nas compras, nos estudos e em tantas outras atividades, ele invadiu também o nosso falar. Burlamos o "nós", roubamos "a gente", despimo-lo da sua função coletiva de 3º pessoa do singular e lhe metemos um plural.
Aqui no Brasil a gente somos nós, a gente faz e acontece, a gente engloba eu e você.
Que a gente use mais a locução "a gente"! A gente será mais coletivo, mais solto, mais malandro sem fazer mal a ninguém.
A gente é bom!
Saturday, June 11, 2011
Tô que tô!
Quero ter um cantinho meu
Uma janela que dá pro quintal
Uma caneca de porcelana
Me deitar na cama
Sentir o cheiro que me lembrará
Que estou lá, que é a minha casa
Quero música tocando
Pra espantar o mau-olhado
Convidar amigos
Sem cobrança
Só amizade
Só alegria
Só pureza
Que beleza!
Quero gente que ria
Gente que chore
Gente minha e de cada um
Quero falar de política
De bobagem
De trivialidades
Quero tristeza
Pra me lembrar da alegria
Melancolia
Epidemia
Contágio (de risos!)
Aha-ha-ha
Quero ter vista do Sol
Sentir o calor na pele
Parar o meu tempo
Pelo menos por uns segundos
Quero ser relativo
Nada quero ser inteiro
Quero um porta-retrato na parede
Na sacada uma rede
Na cozinha um forno à lenha
No meu quarto um amor pra vida toda
Quero inventar
Sunday, May 29, 2011
Máscara de palhaço
Há uns dois meses, eu saí do restaurante em que estava almoçando num dia ensolarado de domingo e tomei um caminho "alternativo" para chegar em casa. Era menos movimentado, tinha umas mesas e cadeiras, uma espécie de corredor entre a saída do restaurante e a rua. Para minha surpresa, vi ali sentado um homem com roupas coloridas, sapatos grandes, rosto pintado. Tinha sido um palhaço, não o era mais! Numa das mãos segurava um cigarro aceso, olhava distante para lugar nenhum, estava aproveitando o momento seu de ser ele mesmo, de desvestir-se do que fora.
Aquilo me intrigou, de certo modo. Antes, um ser-humano que é para os outros, que se doa, se dá, se joga; agora um homem para si. Não pude vê-lo e analisá-lo tempo suficiente para dizer se ele estava triste ou alegre, mas com certeza ele estava refletindo sobre algo. Talvez na efemeridade da vida? Talvez numa doença que acabara de descobrir? Talvez na traição da sua esposa? Talvez no dinheiro que receberia pelo trabalho? Não sei, mas a intriga me pegou!
Não pela curiosidade - o que eu mesmo esperaria de mim! -, mas pela percepção de que somos vários. Somos vários porque queremos ou porque não queremos ser nós mesmos? Porque temos vergonha ou porque não temos outras opções?
Seja qual for a resposta, o certo é que há vários eus e outros em nós. O certo é que, em muitos momentos, temos que nos adaptar a situações. Mas eu tenho um receio: o de que, ao sermos as várias coisas, deixemos de ser nós mesmos.
Monday, May 9, 2011
Prazeres de Cada Dia
Ele sai de casa
Põe os pés na rua e caminha ao seu destino
Destino conhecido, tempo lento de divagações
Local definido, pouca pressa
Preocupações mínimas
..Ou talvez diferentes!
Preocupação em encontrar a música mais adequada,
O assobio que mais combine,
O compasso ideal para seus dedos serelepes,
Ideal de achar a moldura para aquele dia!
Tarefa arriscada,
Pelas crianças, pelos sorrisos, pelo parque
Distrações diversas, multiplicidade de escolhas!
O certo é que no final do dia,
mesmo sem moldura completa,
mesmo ainda com ânsia de terminar o que pensou em começar,
ele volta pra casa ansioso pelos dias que ele ainda irá batizar.
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Monday, May 2, 2011
Monday, April 18, 2011
Intertextualidade
http://giuliabarao.blogspot.com/2011/04/micro-orbitas.html
Presos em nós mesmos numa multidão de nós mesmos!
Presos em nós mesmos numa multidão de nós mesmos!
Sunday, April 17, 2011
Café!
Café!
Com leite
Com chocolate
Com canela
Com baunilha
Com açúcar
Com adoçante
Com menta
Com chantilly
Com você!
Com leite
Com chocolate
Com canela
Com baunilha
Com açúcar
Com adoçante
Com menta
Com chantilly
Com você!
Proteções
Estive muito exposto à dor de pensar, às expectativas inocentes que não se realizavam, ao amor a longo prazo, à efemeridade da vida e à condenação perpétua dos de bom coração: ser bobo.
Sofria a isso calado, com os olhos em direção ao céu, com a mente perdida num horizonte intangível e, quiçá, inconcretizável.
Mas ele vem v i n d o...vindo! Chegou!
Pode não ser o que eu imaginara, mas chegou!
Amigos, companheiros, família, eu-mesmo - não o pessimista, mas o incentivador de loucuras apaixonáveis! - fizeram-me um cásulo, deram-me de comer, sinto a metamorfose.
Não sei se está completa, mas está em rumo. Um dia voarei!
Sofria a isso calado, com os olhos em direção ao céu, com a mente perdida num horizonte intangível e, quiçá, inconcretizável.
Mas ele vem v i n d o...vindo! Chegou!
Pode não ser o que eu imaginara, mas chegou!
Amigos, companheiros, família, eu-mesmo - não o pessimista, mas o incentivador de loucuras apaixonáveis! - fizeram-me um cásulo, deram-me de comer, sinto a metamorfose.
Não sei se está completa, mas está em rumo. Um dia voarei!
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