Acabei de perceber que domei o tempo, peguei-o de surpresa, tirei-lhe a varinha mágica. Antes estava fora, agora está aqui dentro! Posso tocá-lo, controlá-lo, mudá-lo e, principalmente, dar-lhe ordens! Tínhamos uma relação peculiar, dominada por incertezas, por medos, sobretudo o de que ele resolvesse não ser denso, ou seja, resolvesse ser longo e pouco intenso. Entretanto, lidar com a densidade do tempo é um daqueles males necessários, como aprender a se conhecer, como se descobrir. Para atar o tempo a si, é preciso ser paciente, astuto, e um bom ouvinte de si próprio.
Passei à fase 2. Se antes me achava feio, hoje me amo; se ontem eu era estranho e tinha poucos amigos, hoje não abro mão do que obtive; se não agrado, não é esta cabeça que se preocupa. Com o tempo é o mesmo, aprendi a conhecê-lo e a torná-lo o que eu quero que seja.
Um pôr-do-sol, uma borboleta, uma música, uma série de TV, um papo com amigos, uma tristeza, um choro, uma foto, um rio, uma piada, um prédio. As coisas simples de que gosto passaram a preencher o vazio daquele tempo chato, daqueles dias em que tudo não funciona e que, antigamente, o tempo tornaria ruim. Hoje eu o pego, o castigo e digo não! "Hoje não me vences!"
O tempo é mesmo relativo, porque somos nós que devemos torná-lo denso, aproveitável, intenso e maravilhoso. Pode parecer que não há nada à nossa volta, que o tempo é curto ou longo demais, mas não é isso que importa. Quando estiveres assim, meio pra baixo, perguntando-te se as coisas valeram/ valem a pena, basta olhar dentro de ti e ouvir bater o coração. É ali que está o ritmo da vida!
:) o nosso escritor maravilhoso cá de casa. Fico feliz que tenhas descoberto isto. Foi uma epifania, com certeza!:)
ReplyDeletebeijoooo,
A Menina dos Óculos
AIMEUDEUS Teu blog tá ficando cada vez melhor.
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