Março, mês das despedidas
Foram-se as férias e o mar
Vai ter trabalho a cafeteira
Acabou o curso, ficou o compromisso
Acabou o discurso, sobrou a realidade
Mês profícuo e intenso
Já tratou de lembrar o significado de saudades
Trouxe e levou gente o danado
Março, mês das novidades
Sela a mudança
Materializa a escolha
Se aproxima de mim a linguagem
Metalinguagem
Metafísica
Metamorfose
Abril, mês de...
Epifanias e Manias
Sunday, March 9, 2014
Monday, October 7, 2013
Na minha casa
Na casa da Cícera tem bolo de cenoura
Na casa do Pedro tem violão
Na casa da Bia tem piano e cravo
Na casa da Joana tem panela de ferro
Na casa da Gabriela tem feijão tropeiro
Na casa da Vivian tem Rio de janeiro
Na casa da Emilly tem café passado
Na casa do Michael tem porco assado
Na casa do Filipe tem bananeira
Na casa da Gabi tem brisa do mar
Na minha casa tem saudade
Wednesday, September 25, 2013
Sem Título
Chove, chove
Dói meu coração
Ele falando de Tancredo
E eu aqui com medo
do agora, do futuro
Quem vai estar comigo?
Amigo, querido, vem pra cá
Quero te ver
Quero transver
Quero tocar a vida
Escondida
Na minha cabeça bandida
Dói meu coração
Ele falando de Tancredo
E eu aqui com medo
do agora, do futuro
Quem vai estar comigo?
Amigo, querido, vem pra cá
Quero te ver
Quero transver
Quero tocar a vida
Escondida
Na minha cabeça bandida
Fissura
A fissura tá ali
Parada, voluptuosa
Me engolindo
Me convidando
À sua solidez
Daqui a pouco rompe
Daqui a pouco quebra
Cai tudo em mim
Morro dentro,
Feliz
Parada, voluptuosa
Me engolindo
Me convidando
À sua solidez
Daqui a pouco rompe
Daqui a pouco quebra
Cai tudo em mim
Morro dentro,
Feliz
Sunday, April 28, 2013
Receita esquizofrênica
Abre a janela
Pega a panela
Pica a cebola
Corta o frango
Olha o sol
Adiciona sal
Adiciona pimenta
Canta a música
Abre o vinho
Esquenta a água
Bebe o vinho
Joga o arroz
Põe curry
Põe mais curry
Bebe o vinho
Dança a música
Abre o creme de leite
Cheira o creme de leite
Bebe o vinho
Prova o frango
Bebe o vinho
Abre a panela
Pica o sal
Olha o vinho
Bebe o curry
Corta o creme de leite
Adiciona a música
Pega a panela
Pica a cebola
Corta o frango
Olha o sol
Adiciona sal
Adiciona pimenta
Canta a música
Abre o vinho
Esquenta a água
Bebe o vinho
Joga o arroz
Põe curry
Põe mais curry
Bebe o vinho
Dança a música
Abre o creme de leite
Cheira o creme de leite
Bebe o vinho
Prova o frango
Bebe o vinho
Abre a panela
Pica o sal
Olha o vinho
Bebe o curry
Corta o creme de leite
Adiciona a música
Thursday, December 27, 2012
Saturday, December 15, 2012
Sunday, December 2, 2012
Ítalo-nordestino do cabelo ruim
Sou um ítalo-nordestino do cabelo ruim
Adoro comer arroz e pirão de peixe, bolo de cenoura e tapioca
Posso ficar o dia todo numa rede, sentindo o sol
Gosto de ver as empregadas reunidas no hall dos prédios
Sou branquelo, cresci ouvindo dialeto vêneto
Adoro polenta com queijo, vinho e uva
Dou risada com a bagunça da italianada
Amo samba, MPB e cultura popular
Como arroz e feijão toda semana umas três vezes
Gosto de deixar coisas pra depois
Sou gaúcho, sou nordestino, sou latino?
Depois de tanto conflito existencial,
De tantas experiências diferentes,
De tantas feridas, bullyings e alegrias,
Posso afirmar, sem medo de ser feliz,
Que sou um ítalo-nordestino do cabelo ruim
Y me gusta!
Wednesday, October 31, 2012
Provocando a Academia Brasileira de Letras (ou uma pessoa insegura)
Deixa eu te dizer
Que você tá linda
Vem cá, me dê um beijo
Que eu lhe amo
Pra quê essa insegurança?
Deixa ela pra lá!
A gente precisa viver
Sem se preocupar
A gente precisa criar
A nossa própria gramática
Que você tá linda
Vem cá, me dê um beijo
Que eu lhe amo
Pra quê essa insegurança?
Deixa ela pra lá!
A gente precisa viver
Sem se preocupar
A gente precisa criar
A nossa própria gramática
Wednesday, September 12, 2012
Me duele
Me duele cuando pienso en mi vida
cuando creo que no valió la pena
cuando me vienen las dudas
cuando las caras no me hacen acordar a mis amigos
cuando la inocencia se me escapa
cuando me cae el mundo en cima
Me duele no ser la misma persona
no reirme de las cosas de antes
no creer en lo que creía
no encontrar un final
Me duele saber que estoy en el medio del camino
que ya no puedo volver al principio
y que quiero llegar al otro lado, pero no lo veo
Me duele sentirme angustiado y desorientado
me duele la rutina
me duele no tenerlos
me duele saber que estoy viviendo como se debe vivir
Y escribo en español porque es la lengua del sentimiento, de la pasión avasalladora, de la tristeza cruda. Es la lengua que me ensenó dónde está mi lugar.
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